Pensaram que eu não iria fazer textão? Li alguns escritos de
amigos na internet, e isso me motivou. Aqui está o meu.
2017 foi um ano desafiador para mim. Tudo começou em
dezembro de 2016, quando tive de escolher entre permanecer na educação básica
estadual e ingressar na Secretaria Municipal da Cultura, Turismo e Esportes
(SECTE). Várias pessoas disseram-me para não abandonar a educação, pois já eram
sete anos nela. Outras diziam que eu deveria pensar na aposentadoria lá na
frente, com menos tempo de trabalho. Não dei atenção a elas e saí da zona de
conforto. Como diz a música, “um belo dia, resolvi mudar”. Deus sabe o quão difícil
isso foi para mim: abandonar os “anjos”. No entanto, o que seria da vida se nos
apegássemos ao comodismo?
Não deixei a educação totalmente de lado, isso porque, a
partir de abril, retornei ao Polo Universitário Santo Antônio como tutor da
licenciatura em Filosofia da UFPEL. Mais para o fim do ano, veio, também, a
pós-graduação em Ensino de Filosofia. Paralelo a isso, fiz mais duas edições do
curso de aperfeiçoamento Educação em Diversidade. Trata-se de um público diferente:
totalmente adulto. Entretanto, as experiências foram (e têm sido)
gratificantes.
Na metade do ano, lancei o último volume da Série Rivais (O
inevitável fim das rivais). A obra estava pronta desde o verão. Eu temia lançá-la,
devido aos temas que a mesma continha: esquizofrenia e homossexualidade. Nunca
sabemos quão “pequenas” podem ser as cabeças das pessoas; desconhecemos a
receptividade. Todavia, tudo deu certo. Se não é para ser polêmico, por que
escrever?
Ainda na educação, fui professor num preparatório para
concurso na Escola Mundo Office, ensinando uma das paixões da minha vida: língua
portuguesa. Além disso, mantive minhas queridas e dedicadas alunas particulares
de inglês, as quais demonstram que não há idade para aprender/aperfeiçoar
qualquer coisa nessa vida.
Ao longo do ano, conheci pessoas ma-ra-vi-lho-sas, outras
nem tanto e algumas intragáveis. Aprendi com todas, já que o trato social
sempre deve ser aperfeiçoado. Lido melhor com as pessoas agora e reconheço o “tipo”
de cada uma mais facilmente. Sempre há aquelas que pensam nos convencer no
primeiro instante e, ainda, as que imaginam conseguir “passar a perna” na
gente. Mas, como reza o ditado, “quando elas vêm com a farinha, meu bolo já
está pronto”.
Na cultura, empenhei-me na criação do Sistema Municipal de
Cultural, cuja lei, mesmo sendo de 2010, ainda não havia sida efetivada. A
cidade conta, agora, com plano, conselho, conferência e fundo de cultura (este
último era o único existente). Estou otimista para os resultados que o sistema
trará nos anos seguintes.
Iniciei uma nova pós-graduação (Gestão escolar: orientação e
supervisão). É a primeira que faço de forma paga. As outras três foram
gratuitas, oferecidas por FURG e UFRGS no Polo Universitário Santo Antônio, o
que me faz valorizar tal instituição sempre.
E para 2018, quais os planos?
Em primeiro lugar, dedicação à SECTE. Afinal de contas, não
troquei de área principal de atuação por bobagem.
Em seguida, quero lançar a versão completa (com conteúdos
especiais) da Série Rivais. Será um volume único, conectando as três obras. A
intenção é presentear os leitores mais assíduos com exemplares, bem como
aumentar as fronteiras. Já pensaram se o livro chega a algum “figurão” do ramo?
Nada custa sonhar. Ressalto que o livro já está pronto: foi compilado,
prefaciado e diagramado ao longo de 2017. Luiz Nicanor e Caroline Meregalli
embarcaram nos devaneios comigo.
Continuarei com as “tutorias filosóficas” no polo
universitário, assim como ofertarei outro curso de aperfeiçoamento lá, unindo
filosofia e diversidade. Contarei, de novo, com a ajuda das excelentes Mariana
Barbosa e Ana Cristina Salazar.
Quero concluir minha nova pós-graduação. Estou ansioso pela
escrita do TCC. O último que fiz foi em 2015, ou seja, já é hora de redigir
outro.
Pretendo manter a parceria com a Escola Mundo Office,
entretanto, de forma mais “light”. Quero, também, manter as aulas particulares;
só preciso encontrar um tempinho para isso.
Por falar em tempo, para 2017, propus-me a disponibilizar algum
para o ócio criativo (principalmente na escrita). Não consegui. Tenho o mesmo
desejo para 2018. Terei sucesso desta vez? Tomara.
Então, é isso. Vamos começar?
A agenda já foi comprada. Bem discreta...