Pois é, o governo Tarso conseguiu
o que queria: arrecadou bastante com as inscrições para o concurso do
magistério e, por fazer uma prova fora do comum, teve reprovação em massa.
Para que tenham uma noção, certas
provas tiveram 27 páginas. Um verdadeiro absurdo para um valor de R$ 791,00 por
20 horas. Detalhe: a inscrição custou R$ 121,00.
Agora, o Estado promete um novo
concurso para o fim do ano ou início do seguinte, ou seja, vai arrecadar mais
dinheiro. Alguém vai cair de novo nessa?
Enquanto isso, a lei federal do
Piso Salarial continua sem cumprimento, as escolas despedaçadas, os docentes
desvalorizados e toda a ladainha que vocês já conhecem.
O governo e alguns veículos de
comunicação culpam, claro, os professores, os quais não foram capazes de serem
aprovados. Esquecem-se de que, com uma remuneração tão baixa, quem de fato “se
puxou”? E mais: lecionando três turnos e com mais tarefas em casa, como estudar
decentemente? E ainda: 60% de acertos em cada parte da prova, qual concurso
pede isso?
Quem critica é sempre de fora. Mas
apareçam numa escola pública, assistam a algumas aulas, fiquem a par de alguns
problemas da escola, alunos, pais, verbas, drogas, comportamento, etc. e, após
isso, opinem de forma decente.
Portanto, chega de concurso do
magistério. Foi uó!
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