Você sabe que está fora de forma, pois suas roupas não
entram mais tão facilmente e a balança é uma verdade universal. No entanto, as
pessoas continuam dizendo que você está bem, que não há nada com o que se
preocupar. Então, você vai levando a vida assim, meio magro, meio magro, até
que, finalmente, você descobre que está uó.
Naquele jantar de ano novo, sua avó de quase 200 anos (que
não o via há três ou quatro meses), assim que encontra você, diz: “Nossa! Como
está bonito, viçoso, gordo!” E você achava que ela nem enxergava mais (e, de
fato, enxerga pouco), mas percebe que, se até ela, com idade avançada, percebeu
seus quilos a mais é porque a desgraça é feia.
De início, você pensa em nem mais comer no jantar, pois se
sente um balofo. Porém, depois, você pensa: “Já que estou gordo, vou meter o pé
na jaca”. Então, come até quase explodir, voltando para casa com apenas uma
certeza: algo precisa ser feito urgentemente.
Como se vê, a idade chegou para você com os indesejados quilos
extras, mas não para sua avó de quase 200 anos, pois os olhos dela estão bem
ávidos ainda.
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