Ontem, eu participei de uma reunião que deu conta dos
acertos finais do artigo conclusivo de uma de minhas pós-graduações. Logicamente,
chamou minha atenção o comportamento de certos estudiosos; o conteúdo sobre o
trabalho final ficou em segundo plano.
Em dado momento, fui questionado sobre como estava meu
artigo. Prontamente, disse que estava feito, aguardando retorno da orientadora
para formatação e confecção dos slides de apresentação. Só que não me contive e
disse que o trabalho estava “a cara” da orientadora, já que as mudanças
impostas por ela assim exigiram.
Foi aí que um “guri” (creio eu que bolsista de mestrado ou doutorado
da universidade) começou a divagar sobre teorias. Falou ele que não poderíamos
nos basear mais nos estruturalistas, pois eles pensavam assim, que, atualmente,
os pós-estruturalistas defendem assado, blá, blá, blá.
Lá pelas tantas, descobri que a criatura tinha 27 anos e
nunca deu aula na educação regular (ensinos fundamental e médio). Como disse
antes, deve ter emendado uma bolsa noutra (graduação, especialização, mestrado,
etc.). Novamente, veio a minha mente o seguinte: pensadores e pedaBoBos são ótimos
em teoria, escrevem super bem, têm ideias mirabolantes. Ocorre que, na prática,
as coisas são diferentes. Com frequência, sorrio quando leio os pedaBoBos. Que
mundo de sonhos!
Então, é sempre bom – quando isso ocorre, você se defrontar
com um ser que decorou os pensadores, os pedaBoBos – convidar essa pessoa
sonhadora a passar um trimestre em sala de aula, com seus 45 (sobre)viventes,
saindo do mundo dos sonhos e encarando a realidade como ela é. Não precisa ser
um ano inteiro: um trimestre basta. Quero ver se não acontece mudança de
paradigmas!
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