sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

ABOUT ME | É hora de dizer "adeus"...

Talvez, este seja o texto mais difícil que já escrevi...

Infelizmente, devido a uma lei boba, não posso ser, ao mesmo tempo, professor estadual e Diretor Municipal de Cultura e Turismo. Isso quer dizer que, a partir de hoje, não mais atuarei nas escolas Gregória de Mendonça e Visconde do Rio Branco. Depois de quase oito anos, é preciso dizer “adeus”...

Desde 6 de maio de 2009, as desgraças e as alegrias na educação regular pública foram muitas. Lembro-me como se fosse ontem: eu havia ficado cinco anos na Folha Patrulhense e, faltando alguns meses para me formar em Letras, entrei na educação. Inicialmente, comecei tendo 25 horas no estado, intercalando períodos de Inglês, Ensino Religioso e Artes. Em menos de um mês, já aumentei a carga horária para 40, com o acréscimo de Português. Alguns anos depois, passei a lecionar Literatura também. E como última disciplina, tive Seminário Integrado, a qual, por sinal, não será mais ofertada a partir do ano que vem.

Passei pelas Lições do Rio Grande da Yeda e, nos últimos cinco anos, pelo Ensino Médio Politécnico de Tarso. Sartori decidiu modificar o ensino público a contar de 2017. Foram muitos planejamentos, discussões, coisas realmente foram colocadas em prática e, também, coisas que só ficaram no papel. Foram muitas provas, muitos trabalhos, conselhos de classe divertidos (de bate-boca também), gincanas, formaturas, homenagens, convívio com colegas muito legais (e com péssimos também), etc., etc., e etc.

Lembram que costumo brincar acerca da minha real idade? Sempre minto que tenho 20 anos. É que conviver com jovens (em especial, os do Ensino Médio) faz com que eu me sinta sempre jovem, como se estivesse no antigo 2º grau. É claro que os adolescentes mudaram muito ao longo dos anos, porém boa parte dos conflitos, alegrias e confusões permanece a mesma. Dar aula não é só aplicar o que a faculdade nos diz para fazer. Na verdade, ela nos prepara para um mundo ideal, perfeito. Entretanto, a realidade é bem outra. A gente até tenta seguir à risca tudo que as “professoras doutoras” relataram ser o certo na universidade, mas isso dura pouco tempo. É preciso “pegar o jeito da coisa”. Quantas vezes me peguei pensando em como as professoras Bela, Iveti ou a irmã Neli agiriam em determinadas situações? Perdi as contas. As referências docentes do passado fazem parte do professor de hoje, embora os métodos de ensino tenham modificado.

A relação com os alunos foi de amor e ódio todo santo dia. Aquelas criaturas que aprontam o tempo todo, de repente, fazem algo certo (normalmente, é no fim do ano), e você, professor, se derrete e perdoa tudo. Aí, a armadura de bravo e exigente cai por terra. E como explicar o bom comportamento dos “anjos” nos passeios? Por que não são assim na escola?

E o descaso do governo com a educação? E a imposição de políticas que nós, docentes que realmente estão em sala de aula, sabem que não funcionam? E os salários parcelados? E a sociedade contra nós por conta de paralisações? Isso tudo é um eterno choro.

O texto está tomando um rumo fatalista, creio eu. Estou encerrando um ciclo de sete anos e sete meses na educação estadual; isso não quer dizer que nunca mais estarei nela de novo. Continuarei com algumas turmas de inglês na Escola Mundo Office e, havendo compatibilidade, Português e redação para vestibulares e ENEM. Voltarei um dia à “escola normal”? Quem sabe?...

A todos que trabalharam comigo na educação em todos estes anos, fica aqui o meu “muito obrigado” por tudo. Não quero perder o contato com vocês (alunos, ex-alunos e professores). São pessoas (muitas, por sinal) que não podem ser deletadas da minha vida.

Que 2017 seja de renovação! Que possamos dar “adeus” ao passado e “olá” para o futuro!

Passeio com a Escola Visconde do Rio Branco


Varal Poético na Escola Visconde


Excursão do 3º ano da Escola Gregória a Camboriú


Formatura da Escola Gregória de Mendonça


Um dos chás gregorianos


“As chefas” na recepção da minha formatura em 2009

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

ABOUT ME | Da educação para a cultura?

No último dia 8, o prefeito e o vice eleitos em Santo Antônio da Patrulha, Daiçon e Zezo, anunciaram seus secretários municipais, bem como seus diretores de departamentos. O evento ocorreu no Hotel Ecovilly. Foi lá que eu disse, oficialmente, o “sim” para o cargo de Diretor de Cultura e Turismo.

Antes que questionem, já adianto: pretendo ficar atuando na educação, no entanto, não da forma como isso acontece agora, devido à extensa carga horária. Penso que as duas áreas (cultura e educação) estão muito interligadas, ou seja, sinto-me qualificado e motivado para um novo desafio.

Na Secretaria de Cultura, Turismo e Esportes, atuarei ao lado da secretária Eliana Maria Rodrigues da Cunha e do diretor de Esportes e Juventude Rafael Pereira Ramos. Nós já estamos trabalhando de maneira informal, eis que já nos reunimos algumas vezes e realizamos levantamentos e saídas de campo.

Sendo assim, que 2017 chegue logo!

O evento destinou-se ao novo grupo de trabalho e à imprensa


Com os jornalistas Tiago Vargas e Vera Mohr, a futura secretária de Cultura, Turismo e Esportes, Eliana Cunha, e o diretor de Esportes e Juventude, Rafael Ramos


Vice-prefeito e prefeito anunciando os diretores


Daiçon e Zezo com os novos diretores


Fotos: Ivan de Paula