sexta-feira, 20 de setembro de 2013

ENSINO | Nomeados X contratados

Há poucos dias, o governo do Rio Grande do Sul, por meio da Secretaria de Educação, abriu inscrições para novas contratações na área. São vagas para merendeiros, monitores, secretários e professores. Atenção: não se trata de concurso, mas sim de contratação.

Aí, vem a pergunta: os aprovados no último concurso do magistério não serão chamados? Pois é, de que adiantou fazerem tal concurso para que, agora, novamente, tenham contratados em seus lugares?

A explicação é simples, gente. O professor contratado, ao se aposentar ou ter algum tipo de licença, faz isso pela união (INSS), não pelo estado (RS). O professor contratado também não realiza mobilizações, tais como greves. Em síntese, o nomeado dá muito mais despesas aos cofres gaúchos do que o contratado.

Sendo assim, quem ainda sonha com a nomeação precisará esperar um pouco (muito) mais.

domingo, 15 de setembro de 2013

ABOUT ME | Memórias de um ônibus de faculdade

Na sexta-feira, 13, eu e duas ex-alunas da Unisinos nos reunimos para confraternizar, isso depois de anos de inércia. Eu, que saí da Unisinos formado em Letras – Português/Inglês, Marcélie Barcelos, egressa de Direito, e Daiane Krech, graduada em Administração.

E o que esses três cursos têm em comum? Mil e uma (ou mais) histórias a contar. E foi o que ocorreu. Foi uma sessão nostálgica, regada com lembranças das mais diversas possíveis. Mesmo com a desgraça das duas horas e meia de ida e vinda por uma RS-118 abandonada por Deus e por governos, várias situações dessa viagem ainda rendem muito pano para a manga. Mesmo que, depois da primeira graduação, já estejamos em/ou terminado outra, incluindo pós-graduações, o primeiro curso superior é sempre o mais significativo em termos de memórias.

Umas das principais lembranças foram as ligações para a Rádio 104 para o programa “Peça sua música sua cantando”. Eu era a vítima, o qual ligava, ficava aguardando entrar ao vivo e pagava o maior mico cantarolando. O ônibus se mijava rindo. De fato, era hilário. Quando perguntado de qual lugar eu era, dizia os piores possíveis.

Outra lembrança eram as comilanças em um dos restaurantes da Unisinos, sendo que, para isso, precisávamos matar aula. Coisa feia...

O fato é que o tempo passou, mas as memórias permanecem. E o mais importante: as coisas boas prevalecem sobre as ruins, como o ar condicionado pifado do ônibus em dias de verão, sendo que as janelas não abriam, ou como os estudantes sem noção que, mesmo depois de batido o horário para a partida do ônibus, ainda estavam na universidade fazendo sabe lá Deus o quê.

A amizade perdura, e assim será por longa data. Em outra reunião, com certeza, virão mais lembranças, mais causos. Portanto, em outros textos, voltarei ao assunto.

sábado, 7 de setembro de 2013

GERAL | (In)Dependência brasileira


Já parou para pensar na real independência do nosso querido Brasil? Não? Então, aqui vão alguns motivos:

- Aumento do dólar;
- Piso nacional do magistério não cumprido;
- Corrupção na política;
- Homofobia;
- Dívida externa crescendo;
- Escolas fora do padrão FIFA;
- Médicos esnobes não querendo trabalhar no SUS;
- Voto obrigatório;
- Mensaleiros ainda soltos;
- Número infindável de deputados com salários infindáveis;
- Inexistência de um plano nacional de educação;
- E por aí vai...

Feliz 7 de Setembro!

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

ABOUT ME | Tudo de novo. Será?


Recentemente, prestei vestibular para Letras – Português/Espanhol na Universidade Federal do Rio Grande (FURG). Para minha surpresa, fiquei em primeiro lugar, o que é motivo de felicidade. Porém, daí, vem a pergunta: terei pique para mais quatro anos de uma graduação?

Meu primeiro curso superior foi Letras – Português/Inglês na UNISINOS, o qual concluí em 2009. Anos de estudo, de gastos, de andanças de ônibus. Claro, agora, a situação é diferente, pois a nova graduação é gratuita e é aqui em Santo Antônio da Patrulha. Mesmo assim, há todas as exigências de um curso superior (que são muitas por sinal).

Um ano após ter saído da UNISINOS, iniciei minha primeira pós-graduação, Educação em Direitos Humanos (FURG), a qual foi encerrada em 2011. No final de 2012, iniciei a segunda pós, Educação para a Diversidade, que se estende até metade de 2014. Ou seja, além de ter compromisso com essa pós, terei uma nova graduação pela frente.

Mas, e daí? Por que estou tentando achar problemas nisso tudo? Para quem gosta de estudar, bancos acadêmicos nunca são demais, sempre se dá um jeito, sempre se consegue. Escuto alunos (amparados por seus pais) dizendo que não passarão do ensino médio, o que me deixa profundamente frustrado. Ver a falta de ambição intelectual deles dói em mim. Por isso, sempre estou a influenciá-los para que mudem de opinião.

Desta forma, a resposta para o título deste texto é “sim”. Tomara que isso sirva de exemplo a outrem. Nunca é tarde, nunca é demais, nunca é inútil.

domingo, 1 de setembro de 2013

GERAL | Por que os animais, não as pessoas?


Seguidamente, sou perguntado sobre o fato de ajudar os animais carentes, e não as pessoas necessitadas. Aqui vai a explicação.

As pessoas carentes – pelo menos, em cidades menores – contam com uma infinidade de auxílios. As secretarias de assistência social existem para quê? Além disso, há o Bolsa Família, o Sistema Único de Saúde, os assistentes sociais, e por aí vai. Em cidades interioranas, quase não se veem mendigos, pois as autoridades vão até eles, encaminham-nos às famílias e dão ajuda de todo tipo. Só continua na rua aquele que não quer auxílio para deixar vícios ou que insiste na vida nômade.

“Mas, Márnei, e as crianças com relação à educação?” Bom, aqui, os benefícios são maiores ainda. Olhem a quantidade de creches nas cidades, olhem os programas extraclasse das prefeituras para o ensino fundamental, olhem o Mais Educação do governo federal; tudo isso faz com que as famílias (não só as carentes) “se livrem” cada vez mais dos filhos, já que eles têm ficado muito mais tempo na escola. Falta somente criar algo para o turno da noite. O resto já há.

E com relação aos animais, quem é por eles? Que recursos são destinados a eles? Eles se governam mentalmente? Há controle populacional? Quem os cura? Quem os adota? E assim poderíamos fazer uma lista enorme de perguntas. Nada há por eles. Desta forma, é preciso que pessoas se unam em prol destes seres. Uma legislação que pune maus tratos (recém aprovada) é o que temos. Logicamente, isso não basta.

Com este texto, não estou dizendo que não se deve ajudar as pessoas. Espero que os leitores sejam bons de interpretação. Quis apenas comparar as situações, isto é, mostrar os amparos que pessoas têm e que animais não têm.

Enfim, acho que, agora, a pergunta inicial do texto foi respondida.