quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

ENSINO | Nomeados vs. contratados

No governo do Rio Grande do Sul, é sempre uma “peleia” entre professores nomeados e professores contratados, principalmente quando é para que os recém aprovados em concurso queiram assumir suas vagas de direito.

Para muitos desses, não importa quem terão de tirar o lugar, desde que alguma cabeça role e que isso possibilite o ingresso do concursado. Isso é compreensível, afinal de contas, quem não quer estabilidade?

Ocorre que muitos contratados fazem trabalhos excelentes, inclusive, lecionando melhor do que muitos nomeados, aos quais falta didática e até domínio de conteúdo. Outra situação é que muitos contratados prestaram provas, porém não obtiveram aprovação, até porque as provas do magistério cobram tudo, menos a matéria/disciplina que o docente domina.

Por isso, penso que deva haver bom senso por parte das Coordenarias Regionais de Educação, assim como dos recém nomeados, a fim de que pensem bem ao retirar o lugar de um contratado; este pode estar tão integrado à sua comunidade escolar que sua saída pode causar sérios problemas tocantes à direção e aos alunos, ou seja, nenhum deles quer perder um professor bom.

Este ano, perdi períodos, porque duas outras professoras quiseram ministrar o Seminário Integrado de Projetos. Minha opção seria partir para cima de uma contratada depois de mim. No entanto, não quis fazer isso, a fim de não prejudicar essa colega. É preciso se colocar na pele do outro.

De qualquer forma, reafirmo que contratados têm tanta importância quando nomeados e mais: deve ser feita uma boa distribuição de carga horária, para que nenhuma parte saia tão prejudicada. A educação não necessita de mais uma desgraça. Um professor destituído de várias horas de sua atual jornada tende a ser ainda mais desmotivado (como se não bastassem todos os empecilhos que enfrentam). Fica a dica.

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