De uma hora para outra, o governo Tarso resolveu nomear
todos os professores aprovados em concursos passados. Obviamente, estamos num
ano eleitoral. No entanto, muitos ingênuos ficam a pensar: “Isso é ótimo, são
mais docentes para a educação”. Porém a história não é bem essa.
Quem está no dia a dia da educação sabe como funciona o
esquema. O nomeado cai de paraquedas na escola, sendo que esta sequer o
requisitou, eis que seu quadro funcional já está fechado. O que ocorre então?
Bom, o nomeado – ávido por horas na educação – acaba mexendo na vida funcional
de três, quatro professores contratados, os quais são deixados de lado sem o
menor dó. Coisas como continuação do trabalho pedagógico, vínculo do professor
com a escola e prejuízo aos alunos não são levadas em conta.
O que tenho visto são nomeados sem preparo, crus, que
interrompem o trabalho, às vezes, de anos de um professor. É como se tudo fosse
jogado no lixo. Se o estado ainda fizesse uma rigorosa distribuição dos
professores (ou seja, mandar os novatos às escolas que ainda não têm mestres),
tudo bem. Mas não. Como disse acima, os nomeados, simplesmente, aparecem nas
escolas para tomar posse. Aí, é um “Deus nos acuda” até para as direções, que
nem sabem ao certo o que fazer.
Eu, sinceramente, espero que os cerca de 23 mil professores
contratados no Rio Grande do Sul e suas famílias não apoiem o ilustre
governador na sua nova empreitada rumo às rédeas do executivo gaúcho. Aliás,
nem os nomeados deveriam fazê-lo, até porque o senhor Tarso, quando no governo
federal, criou o piso nacional do magistério e, em seu estado, não o cumpre. Desgraça
em cima de desgraça.
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