domingo, 17 de agosto de 2014

OPINIÃO | Atualmente, é possível não ser ansioso?

Sempre achei que os livros de Augusto Cury fossem bobagens, fossem escritos para pessoas que não sabem lidar consigo mesmas. Eis que, de uma aluna particular, ganhei o “Ansiedade: como enfrentar o mal do século”.

Também sempre pensei que psicólogos e psiquiatras confundiam mais a cabeça da gente do que se tentássemos resolver as coisas sozinhos. Eu achava que um bom amigo seria o melhor psicólogo. Na verdade, não é, pois ele – assim como nós – também tem algum distúrbio psíquico.

Cury dá outro nome à ansiedade: Síndrome do Pensamento Acelerado (SPA) e diz que ela adoeceu coletivamente a humanidade, de crianças a adultos. Aí, ele passa a fazer algumas perguntas aos leitores, e ficamos pasmos com nossas respostas. Por exemplo: 1) Você sobre por antecipação? Minha resposta é sim; 2) Não tolera trabalhar com pessoas lentas? Minha resposta também é sim; 3) Tem dores de cabeça ou musculares com freqüência? Também sim; e a fatal 4) Tem insônia seguidamente? Obviamente, sim.

As respostas acima nos levam a acreditar que, de fato, não conseguimos parar de pensar. Se ainda conseguíssemos filtrar os pensamentos, sendo eles só coisas boas, isso seria ótimo. Mas não. Pensamos coisas ruins, antecipamos outras, remexemos em feridas, e por aí vai.

O fato é que, mesmo com meus três turnos de trabalho (que me fazem pensar até enquanto durmo), estou curtindo a leitura e estou repensando o papel de psicólogos e psiquiatras. Talvez, de fato, seja impossível resolver as coisas sem uma ajudinha (ou uma grande ajuda).

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