quinta-feira, 4 de setembro de 2014

OPINIÃO | Voto para presidente

Conforme anunciei no Facebook, vou começar a divulgar em quem irei votar nas eleições deste ano. Vejo muita gente criticando todos os candidatos. Só que é preciso escolher um! Se a coisa está feia, que seja o “menos pior”. Anular ou votar em branco é uma fatalidade.

Com relação à Presidência da República, Dilma se vangloria pelos milhões de pessoas beneficiadas pelo Bolsa Família. Minha opinião sobre tal programa é que, ao invés de ensinar a pescar, o governo dá o peixe pronto. Como professor, vejo os asteriscos ao lado dos nomes dos alunos, indicando que são beneficiários. E vocês sabem qual é a exigência para ganhar a bolsa? Simplesmente, presença na escola. A meu ver, o mínimo que se esperava era bom desempenho escolar, do contrário, o benefício seria cancelado. Nas faculdades não é assim? Além disso, ainda no campo da educação, sofro com o Pacto pelo Ensino Médio; o governo federal impôs tal pacto “guela abaixo” dos professores, como se os problemas de aprendizagem e evasão fossem solucionados com ele. O que se nota através do pacto é que a culpa é sempre do docente. No tocante à habitação, as pessoas dizem que, agora, podem comprar suas casas por meio do “Minha Casa, Minha Dívida” (não resisto ao trocadilho). Por acaso, você que contraiu tal financiamento não pagará por ele? E mais: não pagará o valor de duas casas ao final? Isso não seria um investimento do governo federal? Pense. Por tudo isso, não votarei em Dilma.

Acerca do candidato Aécio, parece-me que se trata dos interesses da burguesia e do capitalismo desenfreado. Imagino as coisas como estão: grandes empresários, banqueiros e latifundiários ditando as regras. Imagino o meio ambiente indo embora mais e mais. Muitas pessoas o comparam a Fernando Henrique Cardoso, mas, sinceramente, eu tinha simpatia por ele. Então, talvez, eu vote em Aécio.

Eu estava quase certo para votar em Marina, principalmente, pelo fato de ela ser ambientalista. No entanto, depois da polêmica envolvendo o programa de governo da candidata, que – dizem – por conta de algumas mensagens do pastor Silas Malafaia, retrocedeu na parte que contentava o movimento LGBT, a candidata me pareceu muito volátil. Cadê seu pulso firme? E se isso ocorrer em outra instância? Se alguém torcer o beiço e não gostar das propostas dela, ela sempre vai ceder? Ademais, querendo ou não, Marina sempre se esquiva de perguntas de cunho religioso, tentando parecer não fundamentalista. Só que, depois de uma entrevista ao um dado telejornal, em que ela fez rodeios e mais rodeios e não respondeu às perguntas, perdi a confiança.

Luciana Genro, pelo fato de se expressar super bem e ter idéias firmes, parece-me uma ótima candidata. No entanto, ela não tem chances. O fato é que, um voto nela, acabaria sendo colocado fora (mesmo contrariando a consciência). Se ela estivesse bem nas pesquisas, se pudesse, de fato, fazer frente aos demais, eu votaria nela. Sim, meu voto seria nela.

Há outros candidatos à Presidência, mas vamos combinar: eles são figurantes na disputa. Por isso, não escreverei sobre eles.

Diante do exposto, o que mais me incomoda é o PT. Desta forma, mesmo sabendo que isso não é o correto partindo de alguém esclarecido, para presidente, irei votar na segunda opção, ou seja, aquele candidato que tiver reais chances de bater Dilma (no caso, Aécio ou Marina), ganhará meu voto.

Num próximo texto, falarei sobre o voto para governador do Rio Grande do Sul.

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