terça-feira, 4 de setembro de 2012

ENSINO | ZH e a educação


Não sei se a campanha “A educação precisa de respostas” (do grupo RBS) me deixa contente ou frustrado. Contente pela discussão que o tema tem ganhado na sociedade. Frustrado pelas abobrinhas ditas (e escritas) por uns e outros.

Na edição de 4 de setembro, à página 2, um “ser” escreveu que a culpa pelo ensino ruim é, sim, do professor. Com suas palavras, ele colocou todos os professores num saco e os culpou por todas as desgraças na educação. O que me consola é que uma criatura assim tem, teve, talvez, terá filhos, parentes mais novos, ou até filhos de amigos que terão de passar por professores. Sinceramente, espero que sejam professores do tipo “ruins” que ele mesmo classificou.

À página 19 da mesma edição, temos a opinião de um professor sobre a guria desbocada Isadora, que resolveu falar dos problemas de sua escola na Internet e virou um hit. O artigo é certeiro, pois a escola não tem culpa alguma dos problemas, não pode se defender e ficará, para sempre, como vilã da história. A guria fotografou a escola; a escola pode fotografar os alunos também e divulgar? Não. Pois é, como vai responder às agressões da juvenil que não mediu as conseqüências? O que a tal aluna espera: que os professores façam uma “vaquinha” para reformar a escola?

Em conclusão, como atesto há anos já, muita gente de fora da sala de aula critica a educação, dando sugestões furadas e não gerando nenhum resultado. É tão bom assim se meter no “setor” do outro? Não dá para entender. Arrumem investimentos primeiro antes de arrumarem mais problemas. E o mais importante: o lado mais fraco da corda (o professor) não pode salvar o mundo sozinho. Alguém pode, aliás?

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