Os professores estaduais do Rio Grande do Sul decidiram entrar em greve por
tempo indeterminado ontem, 23, para pressionar o governo do Estado a pagar o
piso nacional do magistério como salário básico da categoria. A decisão foi
tomada em assembleia com cerca de 3 mil pessoas, de acordo com o
CPERS/Sindicato, que representa os servidores.
Atualmente, os professores da rede pública estadual do Rio Grande do Sul ganham
R$ 977 por mês como remuneração básica para uma jornada de 40 horas semanais,
enquanto o piso nacional é de R$ 1.567. Injusto, né?
Conforme o CPERS, as reivindicações incluem, ainda, a regularização de
promoções atrasadas e a criação de um piso para os demais funcionários das
escolas. Ou seja, é algo que pensa em toda a classe do magistério.
Em nota, a Secretaria da Educação do Estado disse que, no dia 19 deste mês,
propôs à entidade uma “audiência de negociação” e que, “diante do silêncio da
direção sindical”, não houve avanços nas negociações sobre pontos como as
promoções do período 2003-2012 e o abono de faltas vinculadas a “atividades
sindicais” de 2008 a
2010. Quem lê isso pensa que o governo é o coitadinho da situação, que está
sempre disposto a melhorar a vida dos docentes. Se fosse assim, o piso instituído
por Tarso, enquanto no governo federal, estaria valendo agora no estado em que
ele é governador. Incoerência pura.
Infelizmente, essa greve não será de muitos. Eu mesmo não pararei, pois minha
escola é muito desunida. Ademais, conta com docentes (os mais antigos)
frustrados pelo insucesso do passado, bem como com novatos muito medrosos. Isso
é, realmente, uma pena, já que uma andorinha só não faz verão. O estranho é
que, quando vêm os benefícios, os que não apoiaram a greve são os primeiros a
dizer “Eu sempre apoiei o movimento”. Gente uó!
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