Um ato de crueldade com uma
cachorrinha revolta moradores de Santo Antônio da Patrulha, Litoral Norte do
Rio Grande do Sul. Diana, como é chamada a peluda mestiça de border collie, foi
encontrada na manhã de terça-feira, dia 6 de julho, com um espeto de churrasco
atravessado no seu corpo.
O dono, José Claudio da Silva,
estava saindo para o trabalho quando se deparou com a cachorra, em frente a sua
porta, gemendo de dor e quase em estado de choque. Diana foi levada
imediatamente a uma clínica veterinária da cidade.
As médicas Joana Portin Pereira e
Larissa Reis, que atenderam a cachorra, não acreditavam no que viram. “Costumo
receber animais que sofrem maus-tratos, mas essa situação passou dos limites.
Nunca vi caso igual por aqui”, comentou Larissa. O espeto foi introduzido ao
lado das costelas e percorreu por baixo da pele até a cavidade abdominal,
perfurando o abdome e saindo em cima do cóccix. Joana Portin explica que a
cachorra recebeu as medicações emergenciais e logo foi sedada para a retirada
do espeto. Diana passou bem durante o dia, mas precisou ficar em observação à
noite, pois teve muita febre devido a infecção gerada pela perfuração do
objeto. “Ontem, ela foi levada a Osório, uma cidade próxima, para fazer raio X
e ecografia. Por sorte, nenhum órgão foi perfurado ou lesionado. Praticamente
um milagre”, afirma a veterinária.
Felipe Muniz da Silva, filho de
José Claudio e também dono da cadelinha, contou ao Bicharada (do Clic RBS) que
a cachorra é muito dócil e se dá bem com toda a vizinhança. “Diana costuma
ficar solta na rua e os moradores lhe dão comida e fazem carinho. Ninguém teria
motivo para fazer uma maldade dessas”, comentou Felipe.
Felipe tem a cachorra há cinco
anos e ela sempre ficava em casa ou no depósito do estabelecimento comercial da
família, localizado a 500m da residência. Segundo o dono, Diana tem abrigo,
alimentação e o carinho de todo mundo. O bairro é muito tranquilo, a maioria
dos moradores tem animais de estimação e ela está sempre brincando pela rua.
Era uma cachorra livre para dar suas voltinhas sem correr perigo. Diana também
costumava sair de carro com José Claudio, enquanto ele fazia as entregas da
loja. “Todos os vizinhos ficaram preocupados com ela. Estão nos ligando para
saber como a Diana está e oferecendo ajuda no que precisar”, acrescenta Felipe.
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