quarta-feira, 19 de agosto de 2009

ABOUT ME | O que diz um orador?


Bom, geralmente, um orador (estudante escolhido pelos demais para falar em seus nomes durante a colação de grau) agradece a Deus e ao mundo e conta como foi a trajetória do curso. Mas o meu discurso foi um pouco diferente em 8 de agosto. Confiram-no abaixo.


Prezados formandos e presentes, hoje, falo sobre uma das profissões essenciais ao mundo: a de professor.

Nem parece que, após anos e anos de evolução, a educação ainda enfrente problemas. Em todos os cantos do mundo, a educação deveria ser vista como algo prioritário à humanidade, algo que significasse a real entrada das pessoas na sociedade. Entretanto, sabemos que uma educação de qualidade não está ao alcance de muitos que, por não disporem dela, tornam-se alienados à margem da participação.

A educação pode mudar uma pessoa para sempre. O modo de se comportar perante o mundo, as oportunidades, a tomada de posição, tudo tem novo sentido à luz de uma boa educação. Pode-se dizer que a base de um povo está na escola.

Diante disso, surge um personagem muito importante nesta história: o professor. Desvalorizado, criticado e agredido, o professor sofre. Instigado a desistir, ele persiste. Persiste no objetivo de formar cidadãos capazes de promover mudanças, de agir no mundo, de fazer acontecer.

A profissão docente é nobre. É, talvez, a mais importante de todas as profissões. Por que, então, freqüentemente não merece o reconhecimento da sociedade? Por que muitas pessoas nos olham cabisbaixas ao saber que somos professores? Será que sentem pena de nós? Será que pensam “coitado, é professor...”? A resposta pode estar no fato de que o ser professor incomoda, ele investe no outro e, mais do que soluções, ele apresenta perguntas à sociedade e a torna, assim, mais crítica. E uma nação instruída é uma nação ciente do que ocorre à sua volta, é uma nação que tem opinião e que sabe distinguir o que é ou não melhor para o bem comum.

Em nossa área – letras –, nosso papel também é de extrema importância, pois ajudamos a construir ou melhorar a comunicação na sociedade. Por meio dos idiomas, os indivíduos interagem e, literalmente, podem conquistar o mundo.

Diante disso, caros formandos, quando alguém lamentar pelo fato de que vocês são professores, respondam o seguinte: “Sou professor e me orgulho muito disso!” Mais do que importante, a educação é uma prioridade. E mais do que essencial, o professor é vital para a educação.

Não se deixem abater quando virem frustradas suas tentativas de mudanças. Lembrem: sempre é tempo de mudança, sempre é tempo de arriscar, porque, como escreve Louise Hay, “o ponto do poder está sempre no momento presente. Você nunca está empacado. Aqui é onde acontecem as mudanças, bem aqui e bem agora em nossas próprias mentes”.

É necessário fazer alguns agradecimentos. Em nome de todos os formandos, agradeço imensamente às integrantes da comissão de formatura – Gisele, Andressa e Michele – pelo incansável trabalho e total dedicação. Elas conseguiram organizar um belo evento. Ademais, num texto sobre professores, não pode ficar de fora o reconhecimento a nossos mestres da Unisinos, os quais compartilharam conosco seus conhecimentos e experiências de vida, servindo de exemplos para que, a partir de agora, possamos ensinar, instigar e inspirar pessoas com vistas a um mundo sempre melhor.

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